sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Elementos Geradores de Aprendizagem



“Ensina a criança no caminho em que deve andar,
e ainda quando for velha não se desviará dele.”
Provérbios 22:6

Educação é, sem dúvida, a base para o desenvolvimento do homem. Sem a educação ele fica alienado e sem preparo algum para enfrentar as situações diárias e atingir seus objetivos, bem como explorar as suas potencialidades. A educação é a maneira pelo qual o aluno se adapta ao meio em que está inserido; é a forma como os valores de uma sociedade são passados de geração a geração possibilitando transformações na história.
A educação cristã é a base para o desenvolvimento espiritual da igreja. Através dela a igreja é levada à maturidade cristã, sem a qual seus membros jamais chegarão “à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.” (Ef 4:13). É ela quem acompanha a pessoa, desde o seu novo nascimento até ao final de sua vida, estimulando o seu desenvolvimento total. Ela, também, promove o crescimento do cristão na sua totalidade: emocional, intelectual, espiritual e comportamental. Logo, a educação cristã não é algo que acontece apenas em um momento na vida da igreja, ela deve ser contínua e envolver toda a igreja, em todo o tempo. Porém, é o modo como a educação cristã acontece na igreja que vai definir o grau de desenvolvimento da maturidade espiritual destes membros.
Antonio V. de Carvalho (2000, p.35) diz que “O pecado da Igreja é que não tem ou não proporciona a classe de conhecimentos necessários para que seus membros atuem de forma inteligente neste mundo de mudanças sociais complexas”. Se a igreja fingir que está fazendo educação cristã, certamente seus membros fingirão que são maduros espiritualmente. Se, porém, a igreja desenvolver um programa de educação cristã relevante, ela terá membros maduros e preparados para a vida, a serviço da comunidade cristã. Um ministério de Educação Cristã que ajuda pessoas a crescer na fé estará interessado em ensinar o conteúdo da fé acuradamente.
Downs (2001, p. 20) diz que “A maneira como a igreja vai lidar com o seu programa de educação cristã é que determinará o seu sucesso ou fracasso”. Ela precisa desenvolver um ministério educacional que possibilite as pessoas chegarem à “unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4: 13).
A educação cristã tem como finalidade “a formação integral e o preparo de cristãos, professores e pais, que irão instruir e formar outros” (GEORGE, 1993, p.109), “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, (Ef 4:12). Paulo, em sua carta a Timóteo, complementa, dizendo: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fieis que sejam também capazes de ensinar outros.” (2 Tm 2:2).
É, pois, responsabilidade da igreja fornecer uma educação cristã formal aos seus membros. Estes, por sua vez, deverão ser incentivados a compartilhar, de maneira informal, através de suas palavras e de seu testemunho pessoal, com outros, essa mesma educação cristã.
Mas, para que esta educação seja eficiente há a necessidade de que alguns elementos geradores da aprendizagem estejam envolvidos tais como: aluno, recursos didáticos, local de aprendizagem, professor, clareza na instrução e o Espírito Santo.
O aluno é o ser que aprende e que tem a responsabilidade de fazê-lo a despeito da qualidade do professor. Ele, também, é um dos sujeitos ativos no processo ensinar e aprender. Em sala de aula ele aprende através da interação com o professor, livros e colegas. Fora da sala de aula, aprende no ambiente familiar e social onde está inserido. O aluno é considerado o elemento de maior importância porque sem ele não há aprendizagem. O ensino não acontece quando o professor media o conteúdo, mas quando o aluno apreende.
Recursos didáticos são os caminhos utilizados pelo professor para clarificar o conteúdo de uma aula objetivando levar o aluno a atingir maior eficiência na aprendizagem. São auxiliares no processo ensinar e aprender que, bem utilizados, facilitam a assimilação da mensagem que se pretende comunicar.
O local da aprendizagem se refere ao ambiente físico da sala de aula onde acontece o processo formal, ou informal.
O professor também figura como elemento gerador de aprendizagem. Ele age como o elo vivo entre o conteúdo e a classe. É ele o elemento de maior responsabilidade em sala de aula, pois será o condutor do processo ensino-aprendizagem. O professor não poderá ensinar tudo aos seus alunos, mas poderá facilitar a aquisição do saber. Ele não tem que se preocupar apenas com o que vai ser ensinado, mas como fará para mediar esse conteúdo a fim de que haja aprendizagem.
A Clareza na instrução também se constitui um dos elementos geradores da aprendizagem muito importante neste processo. Sem este elemento pode haver ruídos na comunicação dificultando o agente receptor da mensagem compreender, consequentemente, aprender o que está sendo comunicado.
O Espírito Santo que, principalmente na educação cristã é indispensável neste processo. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, vê-se a presença do Espírito Santo atuando através e nas pessoas como lhe apraz. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade e como Deus, ele carrega todos os Seus atributos. Uma de suas função é a de educador. Ele “lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.” (Jo 14:26). Ou seja, trará à memória qualquer informação útil para a edificação do homem. É Ele quem equipa os santos para o desempenho do serviço cristão para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4:12) e para a glória de Deus (1 Pe 4:11); E em João 15:5 Cristo disse: “sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” Isto significa que não adianta tentar fazer educação cristã sem o Espírito Santo de Deus.
E assim, juntos, o aluno, recursos didáticos, o local, o professor, a clareza na comunicação e, o Espírito Santo poderão se tornar elementos geradores da aprendizagem. Cada um destes elementos tem papel importante no processo ensino-aprendizagem. Se um, ou mais, destes elementos estiver sendo negligenciado todo o processo poderá ser comprometido dificultando, assim, a aquisição do conhecimento por parte do aluno.
Todo esforço da EBD deve ser no sentido de proporcionar meios para que estes elementos se constituam, de fato, geradores da aprendizagem. O objetivo disto é para que haja internalização e aplicação do conhecimento na prática diária do aluno. A maneira como a EBD vai lidar com estes seis elementos é que determinará o seu sucesso ou, fracasso.
A Escoa Bíblica precisa desenvolver um ministério educacional que possibilite as pessoas chegarem à maturidade cristã a fim de contribuírem como bons servos no ministério eclesiástico e como cidadãos na sociedade onde então inseridos. E para que isto aconteça é necessário um investimento exaustivo nestes elementos geradores da aprendizagem, pois se qualquer um deles falhar haverá grandes obstáculos à aprendizagem (considerando o fato de que o Espírito Santo não falha, mas nós falhamos em não incluí-lo).

Mana Lobão
mana.lobao@ibest.com.br
Referências

CARVALHO, Antônio Vieira de. Teologia da educação cristã. Eclésia, São Paulo: 2000.
DOWNS, PERRY G. Ensino e crescimento: uma introdução à educação cristã. Cultura Cristã, São Paulo: 2001.
GEORGE, Sherron K. Igreja ensinadora. Luz Para o Caminho, Campinas - São Paulo: 1993.

2 comentários:

  1. Deus lhe abençoe Tiia :)
    .:katyelle lobao:.

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  2. Crente = alienado

    VocÊ naum tem moral para falar contra alienação, ainda está presa na crença de fantamas.

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