quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Perdoando Uns aos Outros


Um dia éramos filhos da desobediência, como diz Efésios (2:1-10). Mas pela graça e misericórdia de Deus fomos salvos. Neste texto diz que antes vivíamos fazendo a vontade de nossa carne e dos nossos pensamentos. Na verdade quem comandava nossa vontade e os nossos pensamentos era o diabo (v.3). Agora, salvos, por direito, é Cristo quem deve comandar.
Efésios 6:11 diz: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Os astutos métodos do diabo. Nós sabemos que suas estratégias são muito bem planejadas e por esta razão tem funcionado ao longo do tempo. Para combatê-las, precisamos nos lembrar que esta guerra sai do domínio humano e entra nas regiões celestiais, pois ela “... não é contra carne, nem sangue, mas contra poderes e potestades do ar...”. (Ef 6:12). Esta não é uma luta dentro daquilo que se pode ver, tocar, ouvir, mas é uma luta mental e invisível.
Agora nascemos de novo, nos tornamos novas criaturas, pedimos para Cristo ser o Senhor de nossas vidas, mas, em muitos casos, não nos desligamos dos velhos hábitos e continuamos agindo como o velho homem. Isto pode ser com qualquer uma das obras da carne descritas em gálatas 5: ira, discórdia, facção, dissensão, etc.
Vejamos o que diz os textos de
• Ef 4:17-5:2 - Paulo diz que antes éramos filhos do diabo e procedíamos como tal, agora dá a receita em como proceder como filhos de Deus.
• Cl 3:1-15 - Ele faz a mesma coisa com a igreja em Colosso e dá instruções para um viver santo.
• 1 Pe 1:1 e 4:1-8 - Pedro diz como devemos viver para Deus.
Em todas estas referências vemos uma advertência em comum: “perdoem uns aos outros”.
Mas, o que é perdão? - é não levar em consideração, em conta a ofensa de alguém.
Desculpar - é tirar do ofensor a culpa. É não considerar como ofensa a ofensa. É Perdoar.
Imagine uma pessoa com um grande fardo sobre sua costa. Você se compadece e retira de suas costas o fardo. É assim com o perdão.
Mateus 6:12 diz: “... perdoa-nos assim como perdoamos...”.
A oração “Pai Nossa” é feita em muitas ocasiões e por ser tão conhecida e até decorada, não nos damos conta do que estamos dizendo. Quando oramos “perdoa-nos assim como perdoamos...”, estamos dizendo que da maneira como nós temos perdoado os nossos ofensores é assim que queremos receber o perdão de Deus. O que significa que, muitas vezes, dizemos para Deus: “não quero ser perdoado, visto que não perdoei o meu irmão que me ofendeu”. E ai Deus não perdoa, por isso aquela sensação de que Deus não ouviu nossa confissão e não perdoou nossos pecados. Ele não perdoou mesmo.
Algumas pessoas dizem que a religião impõe um jugo pesado demais sobre o ser humano chamado “pecado-culpa”. A culpa da nossa falta de paz não é da religião. Nos sentimos culpado porque, de fato, somos culpados por causa do nosso pecado não perdoado por falta de perdão aos nossos ofensores.
“Os psiquiatras e os médicos dizem que a culpa não solucionada é a causa número um das doenças mentais e do suicídio.” Deus não esperou Freud nascer para resolver o problema da enfermidade mental provocada pela culpa do pecado. Cristo há dois mil anos atrás, resolveu este problema. A parte do homem é fazer a terapia com a pessoa certa (Cristo) e fazer, exatamente o que a Bíblia prescreve (perdoar). Só então experimentará o perdão de Deus.
Mateus 6: 14,15 diz que se não perdoarmos nossos ofensores não seremos perdoado.
Se não perdoamos, não somos perdoados dos nossos pecados. Se temos acúmulo de pecados em nossas vidas, não podemos ter boa relação com Deus. Isaías 59:2,3 diz: “mas os vossos pecados fazem separação entre vós e o vosso Deus”. Se não temos boa relação com Deus, não poderemos adorá-lo em espírito e em verdade.
O perdão não é um sentimento - “eu perdoou quando sentir que devo”. É sim, uma decisão - “eu tomo a decisão de não levar em conta a ofensa de alguém”. Porque Perdão é não levar em conta a ofensa de alguém contra nós. É tirar a culpa do ofensor.
Amar - é querer o bem de alguém e isto inclui o alívio da culpa. É o oposto de ódio que tudo faz para ver o objeto do seu ódio sofrendo.
Quando um irmão odeia outro, mesmo que não tire sua vida, literalmente, ele é considerado assassino. “Jesus (...) proibiu o ódio e a vingança que já é assassínio no coração (Mt. 5: 23-26).”
Um coração que odeia, não tem espaço para o amor e o perdão. Se o crente odeia seu irmão, não pode exercitar o amor que foi derramado no coração pelo Espírito Santo (Rm. 5:5). “A capacidade de amar nos é concedida pelo amor de Deus derramado em nossos corações” (BVN 1 Jo. 4:19).
Quando o crente se recusa a perdoar e amar o irmão, além de está agradando ao diabo ele, também, está ofendendo a Deus. Isaías 59:1-3 mostra o que acontece quando os filhos de Deus tentam comunhão com Ele da forma errada. “Deus não os ouve”.
Repito, Perdão - é não levar em consideração, em conta a ofensa. “Se quisermos ser verdadeiros adoradores do Pai, temos de perdoar os nossos ofensores.”

Conclusão

Um dia éramos filhos da desobediência, mas pela graça e misericórdia de Deus fomos salvos.
Antes vivíamos fazendo a vontade de nossa carne e dos nossos pensamentos. Mas agora, controlados pelo Espírito de Deus, devemos proceder como filhos de Deus.
Quem comandava nossa vontade e os nossos pensamentos era o diabo. Mas agora, salvos, devemos fazer a vontade de Deus. E qual é a vontade de Deus? Que perdoemos nossos ofensores assim como Ele nos perdoou e nos perdoa. Caso contrário, não seremos perdoados dos nossos pecados, mesmo que os confessemos, não receberemos o perdão de Deus.
Em Deuteronômio 11:26-28 Deus dá duas opções para seu povo: a benção e a maldição. A benção se fizerem o que Ele manda e a maldição se desobedecerem suas ordens.
Trago isso para nossa realidade hoje. Diante de vocês estão duas possibilidades: Perdoar ou não perdoar seus ofensores.
Se os perdoarem, serão perdoados dos seus pecados. Se não os perdoarem, não serão perdoados.
Vocês decidem!

Mana Lobão

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